Mostra do Projeto Dorcas, dia 20 de setembro, mistura canto coral, flauta doce e metais e vai de Hermeto Pascoal a Samuel Rosa
A cada nova apresentação, eles revelam o esforço do aprendizado e da superação de barreiras sociais e econômicas. Inspirados pela inventividade da música brasileira, 40 adolescentes do Projeto Música no Bairro, com idades de 10 a 18 anos, moradores do Bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré, trazem todo o trabalho realizado no semestre para um show gratuito no Teatro do Sesc da Esquina.
O trabalho já dura mais de uma década, como atividade do Projeto Dorcas. Dia 20 de setembro, o público curitibano tem a chance de conferir essa evolução no espetáculo "Dorcas enCanta o Brasil". No repertório, música brasileira que mistura canto coral, flauta doce e instrumentos de metais.
Os grupo de Flauta Doce, o grupo de metais e o coro Pipa Amarela do Projeto Dorcas encenam, tocam e cantam o “Maracatu - Dimas Sedícias”; “Canto de Afoxé”, de Caetano Veloso; “Ovo”, de Hermeto Pascoal; “Resposta”, de Samuel Rosa; “Xote das Meninas”, de Luiz Gonzaga; “Apenas Mais uma de Amor”, de Lulu Santos; “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá; “Samba de Roda”, poutpourri de Mariene de Castro; “Mais Que Nada”, de Jorge Ben Jor; “Bananaite”, da Bananeira Brass Band; e “Cheia de Mania”, do Raça Negra.
“Cada nova apresentação vem recheada de muitas emoções, de alegria, um pouco de nervosismo, mas também de muita confiança nos nossos alunos e no trabalho desenvolvido com eles durante o ano”, conta a professora e coordenadora de música do Projeto Dorcas, Giovana Demarco. “Vê-los confiantes, soltos e alegres é emocionante, pois atrás de cada um existe muita história.”
Ela explica que o projeto musical do Dorcas busca transformar de modo efetivo a realidade da comunidade do bairro em que as 300 crianças e adolescentes vivem, através de atividades culturais, com aulas de instrumentos de sopro e canto coral. “É a forma que encontramos para eles se aproximarem das possibilidades sonoras, para que eles entendam que são seres corpóreos, sonoros, performáticos, em constante movimento e com muito potencial.”
Conheça a música do Dorcas
A apresentação semestral do Dorcas traz crianças e jovens que tiveram o primeiro contato com a música ali no projeto, com sucessos brasileiros e internacionais tocados com instrumentos de percussão e muita movimentação cênica. “Quando a gente vê as crianças cantando tão lindas, não esquece que, antes do show, tem muito trabalho. Apoiamos crianças que têm muitas dores, e por isso nossa equipe de psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais é muito presente para auxiliar a vencer as inúmeras dificuldades”, explica a diretora do Projeto Dorcas, Darclê Westphal da Cunha.
Para ela, todo o esforço em educação musical do projeto integra um contexto mais amplo de estratégias para ajudar as crianças e adolescentes atendidos em seu desenvolvimento pessoal, autoestima e a acreditar que podem ter um futuro melhor.
O Projeto Dorcas atua desde 1996 com sede na Rodovia dos Minérios, no bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré. Com a missão de atender crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, enfoca as necessidades básicas como alimentação e educação, agregando valores cristãos como amor, esperança, paz e justiça.
Desde a sua fundação, já atendeu mais de 4.000 pessoas. Hoje, recebe cerca de 300 crianças e adolescentes entre 4 e 21 anos e suas famílias, de segunda a sábado, durante o contraturno escolar, servindo quatro refeições diárias.
Serviço:
Dorcas enCanta o Brasil
Concerto com adolescentes do Projeto Dorcas
Dia 20 de setembro, às 19h
Local - Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969 - Mercês)
Entrada franca.
Sobre nós
Desde 1996, o Projeto Dorcas é reconhecido pelo poder público e pela população local como uma entidade comprometida com o bem estar da comunidade do bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré. Administrado pela Associação Evangélica Cristo Redentor (AECRI), oferece aulas de reforço no contraturno escolar, música e esportes, além de quatro refeições diárias, a cerca de 300 crianças e adolescentes de 4 a 21 anos. Saiba mais no site do projeto.
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